sábado, 28 de maio de 2011

O surgimento da Psicanalise e as Teorias Freudiana's


Por Kétura Marrary
O nascimento da psicanálise está intrinsecamente ligado ao nome de Sigmund Freud. Ao ter contato com o método criado por Breuer para tratar jovens histéricas e apropriar-se deste, aperfeiçoando-o, Sigmund Freud começa a criar uma teoria baseada em sua observação clínica com essas jovens, a psicanálise. Ele percebe que os sintomas histéricos são resíduos e símbolos de experiências traumáticas ligadas a sexualidade infantil, embora estes não sejam lembrados por suas pacientes histéricas. Freud, então, passa a pensar a existência de uma instância psíquica que não seja consciente, onde estejam guardadas todas as experiências pelas quais o indivíduo passou; e é a partir de suas considerações sobre a histeria e o incosciente que vai surgir e se consolidar sua teoria psicanalítica.

A PRIMEIRA TEORIA SOBRE A ESTRUTURA DO APARELHO PSÍQUICO
Essa teoria diz a respeito de três sistemas ou instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente. Pra mim esta teoria é o primeiro passo para entendermos a personalidade de cada pessoa, foi a primeira concepção dada por Freud sobre o funcionamento da personalidade. O inconsciente é o "É o conjunto de conteúdos não presentes no campo atual da consciência. Conteúdos reprimidos que não tem acesso ao pré-consciente/consciente, pela ação de censuras internas, ou seja, o inconsciente tem suas próprias leis de funcionamento. O pré-consciente é onde estão os conteúdos que a consciência pode acessar, é aquilo que pode estar presente neste momento na consciência e em seguida pode não estar. O consciente é o sistema do aparelho psíquico que recebem as informações do mundo exterior e do mundo interior ao mesmo tempo. Em minha opinião é o "hoje de manhã, hoje à tarde, hoje à noite". É o momento em que percebemos e nos mantemos atentos as coisas ao nosso redor, envolve o nosso raciocínio.

Fases de Organização da Libido


Em “Os Três Ensaios Sobre a Sexualidade”, Freud (1905) discorre sobre sua teoria da sexualidade infantil e coloca em questão aquilo que se era pensado pela sociedade de sua época: que a pulsão sexual está ausente nas crianças e só desperta quando elas passam pela puberdade. Para ele, esse é um grande equívoco, já que as pulsões sexuais encontram-se nas crianças desde o nascimento; o que acontece é que as pessoas lembram muito pouco de sua infância e as experiências associadas ao sexual são recalcadas, em sua maioria, porque carregam a culpa de não se dar valor ao período infantil no desenvolvimento da vida sexual.Freud em suas investigações na prática clinica descobriu que a maioria dos pensamentos e desejos reprimidos referia-se a conflitos de ordem sexual localizados na vida infantil, colocando a sexualidade no centro a vida psíquica. Percebeu que as ocorrências desse período da vida deixam marcas profundas na estruturação da pessoa.
Os principais aspectos dessas descobertas foram que a função sexual existe desde o principio da vida; o período de desenvolvimento da sexualidade é longo e complexo até chegar à sexualidade adulta. Freud postulou as fases do desenvolvimento sexual em:

Fase oral – zona de erotização é a boca,

Fase anal – zona de erotização é o ânus,

Fase fálica – zona de erotização é o órgão sexual,

Latência – caracteriza por uma diminuição das atividades sexuais, um intervalo na evolução da sexualidade.

Fase genital – quando o objeto de erotização ou de desejo não está mais no próprio corpo, mas em um objeto externo ao individuo, o outro.

No decorrer dessas fases vários processos e ocorrências acontecem, eventos como o complexo de Édipo onde a mãe é objeto de desejo do menino e o pai é o rival que impede seu acesso ao objeto desejado.
SEGUNDA TEORIA DO APARELHO PSÍQUICO
Na segunda teoria do aparelho psíquico são introduzidos novos conceitos aos três sistemas da personalidade: id, ego e superego.
O id refere-se ao inconsciente, é regido pelo principio do prazer, da satisfação, nele não há limites, é impulsivo. E é nele que se localizam as pulsões: de vida e a de morte. O ego é ponto de equilíbrio entre o id e o superego, é o chamado "realista", é o que percebe, pensa, sente, lembra, é e sabe dosar as exigências do id e as ordens do superego. O superego eu diria que é aquele "CASTRADOR", o que é muitas vezes mal visto. É o que reprime, proibi, impõe limites (autoritário), é aquele que sempre nos faz pensar se "... Isso é errado, não devo fazer. Já aquilo é certo.”; está relacionado com as questões morais e ideais, com as nossas crenças e valores. Contudo penso que há pessoas que sabem lidar muito bem com seu superego bastante atuante, muitos utilizam como uma arma ao seu favor, embora outros não saibam.


Referência Bibliográfica:
Texto “A psicanálise” (trabalhado em sala de aula).
FREUD, Sigmund (1900 – 1901) A interpretação dos Sonhos (I). Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Imago: Rio de Janeiro, 1996;

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