A primeira aula de psicologia resume-se em uma palavra: interessante. Poderíamos até caracterizá-la como confusa, mas diríamos que é uma confusão interessante! A impressão que tivemos é que a psicologia é uma ciência muito vasta, e rica de informação, e cremos que esta impressão se concretizará ao longo do semestre.
Após as apresentações inicias e as considerações clichês do primeiro dia de aula, começamos as discussões mais irreverentes, curiosas e divertidas de todos os tempos!
“Por que estudar psicologia na administração?”
O que relaciona ambas as ciências é que a psicologia concentra-se no comportamento e no relacionamento de individuo e grupos, atuando na organização em várias áreas e de formas diversas. O psicólogo, dentro da administração, considera fatores estruturais, pessoais, e sócio-culturais que afetam o individuo e a organização. Enquanto ciência do comportamento, a psicologia é um instrumento à disposição do administrador como o apoio da eficiência operacional e da qualidade de vida.
“Pau que nasce torto morre torto?”
Parece brincadeira, mas esse foi o ponto inicial da mesa redonda! Luciana quis saber se “pau que nasce torto morre torto”! E a turma participou da discussão, opinando e exemplificando com casos particulares e de terceiros.
Alguns acreditam que aquilo que somos jamais será modificado. Outros, por sua vez, creem que nossa personalidade pode, sim, sofrer alterações ao longo da vida e mudar pra melhor ou pior. A medida que cada um expunha sua opinião, a discussão ia tomando forma, sendo enriquecida com a contribuição dos participantes. Até que chegamos a outro ponto muito importante:
“A gente já nasce torto?”
Eis a questão! As características que possuímos já nascem conosco ou são fruto de nossas experiências, convivência, e influência da sociedade? Mais uma discussão calorosa e cheia de conflitos! Teve quem defendesse sua opinião até o fim, teve quem quis mudar “de lado” com o passar do tempo, e teve quem não tinha lado nenhum! E ainda teve quem estivesse dos dois lados! No decorrer da discussão, íamos encontrando pontos de contradição na fala de alguns, convicção na fala de outros, e no fim, todo mundo estava confuso e não sabia nem o que tinha sido dito no começo!
A verdade é que o que somos não nasce conosco. A nossa personalidade não vem pré-estabelecida no nosso DNA. Mas a nossa constituição biológica, juntamente com a nossa formação, educação, oportunidades e escolhas, são responsáveis pelas nossas atitudes, comportamentos, pela formação da nossa personalidade, do nosso jeito de ser. É importante ressaltar que não falamos aqui de fatores biológicos, mas sim de fatores comportamentais. A cor da pele, dos cabelos, a propensão para determinada doença, isso sim vem no nosso DNA, mas esses fatores fazem parte de um conjunto que influencia a maneira como somos, ou agimos. Por exemplo: a fase da adolescência é repleta de mudanças, tanto físicas quanto emocionais. A maioria das pessoas nesta fase tem grande probabilidade de desenvolver problemas de pele, como a acne, por exemplo, que pode ser em graus menores ou maiores. Esse problema, por sua vez, pode fazer com que o adolescente sinta-se constrangido em sair, em ser visto pelos outros, e então tornar-se alguém mais reservado, mais distante das outras pessoas, procurando lugares mais discretos, menos frequentados, principalmente por pessoas de sua idade, e passe a ter gostos mais diferentes dos demais adolescentes. Sentindo-se rejeitado, ou muito diferente dos demais – principalmente porque esta é a fase das conquistas e descobertas amorosas e dos conflitos emocionais e de personalidade – o jovem, pode, por exemplo, ser introvertido, antissocial, e daí ser chamado de problemático, estranho, e todas essas denominações comumente dadas aos adolescentes. É claro que essa fase passa, e as pessoas tendem a mudar, de acordo com aquilo que vão vivenciando, com as pessoas que vão convivendo. Mas as características e o jeito que adquirirmos nesta fase, podem também permanecer conosco pelo resto da vida, constituindo, assim, nossa personalidade. É uma questão de escolha e oportunidades.
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